Instituto Mamirauá participa de encontro para apresentação de Carta Estratégica à COP30

Publicado em: 25 de agosto de 2025

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Foto: Ayrton Lopes (Decon/Fapeam)

Encontro em Manaus reuniu mais de 60 instituições acadêmicas com propostas ao presidente da COP30 no Brasil, André Corrêa, e à primeira-dama do país, Janja da Silva


Com o objetivo de apresentar propostas adaptadas à realidade amazônica e reforçar a necessidade de investimentos em ciência, tecnologia e inovação, foi entregue hoje (20/08), durante o segundo dia do Encontro da Comunidade Científica e Tecnológica da Amazônia com a Presidência da COP30, um documento robusto ao presidente da Conferência no Brasil, embaixador André Corrêa do Lago. O evento foi realizado na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) em Manaus. 

O documento foi elaborado por uma comissão formada por universidades federais e estaduais dos estados do Amazonas e do Pará, Institutos de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência Tecnologia e Informação (MCTI), entre eles o Instituto Mamirauá, Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Museu Goeldi, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Instituto Vale, entre outros; Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), institutos federais; Fiocruz e Instituto Evandro Chagas, com apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República. 

A carta tem como objetivo buscar soluções adaptadas à realidade amazônica e reforça a necessidade de investimentos estruturantes em ciência, tecnologia e inovação, contribuindo com a Agenda de Ação do Mutirão Global contra a Mudança do Clima para o período de 2025 a 2035, bem como para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas no Brasil (COP30). 

Para o diretor do Inpa, Henrique Pereira, o documento que surgiu desse mutirão intelectual entre as instituições é “impressionante”, trazendo as contribuições da agenda científica que já é implementada por 408 infraestruturas de ciência e tecnologia presentes nos nove estados da Amazônia Legal. “Nós nunca fomos um vazio demográfico e muito menos somos um vazio científico. A Amazônia está povoada pela ciência e pelos cientistas”, afirmou. 

O diretor-geral do Instituto Mamirauá, João Valsecchi, ressaltou a agenda do dia. “É um evento de extrema importância, pois reforça a relevância das instituições da região amazônica em uma COP que, afinal, ocorrerá neste território. A ciência construída na Amazônia, a partir de centros de excelência e integrada ao conhecimento tradicional, é a luz que temos para enfrentar os desafios climáticos contemporâneos e futuros", disse. 

Além de debater o papel das instituições frente às mudanças climáticas, o evento abordou eixos estratégicos como transição nos setores de energia, indústria e transporte; gestão sustentável de florestas, oceanos e biodiversidade; transformação da agricultura e dos sistemas alimentares; resiliência em cidades, infraestrutura e recursos hídricos; desenvolvimento humano e social; além de temas transversais como financiamento, inovação e governança. 

Para o presidente da COP30, a elaboração da carta e o engajamento das instituições são fundamentais para alcançar os objetivos da Agenda Global. Ele também enfatizou a importância da Amazônia para o mundo. “Temos que, juntos, encontrar soluções e mostrar para o mundo que ninguém melhor do que nós para encontrarmos os rumos mais corretos para essa região extraordinária”. 

  

O Instituto Mamirauá na COP30 

  

Instituto Mamirauá também estará presente na Conferência das Partes (COP), que acontece de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA). Reconhecido nacional e internacionalmente por integrar conhecimento científico e tradicional no desenvolvimento sustentável da Amazônia, o Instituto participará das discussões com os seus grupos de pesquisa e manejo sustentável de recursos naturais.    

   

 “O Instituto Mamirauá está no epicentro dos impactos das mudanças climáticas na Amazônia, evidentes nos anos de 2023 e 2024. Na COP30, vamos apresentar as pesquisas e ações que desenvolvemos para enfrentar essa nova realidade climática”, destacou João Valsecchi, diretor-geral do Instituto Mamirauá.   

   

Localizado no Médio Solimões, em Tefé, o Instituto Mamirauá é um centro de pesquisa científica aplicada vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), com sede em Tefé, no coração da Amazônia. Fundado em 1999, atua na interface entre ciência, conservação da biodiversidade e fortalecimento dos modos de vida das populações ribeirinhas e indígenas.    

O Instituto desenvolve mais de 250 projetos em 36 áreas protegidas no bioma amazônico, potencializando o desenvolvimento de pesquisas aplicadas voltadas à conservação da biodiversidade, desenvolvimento social e de tecnologias sociais na região, bem como fortalecendo ações de manejo de recursos naturais a partir da abordagem de temas como manejo agroecológico, manejo de pesca, manejo de fauna, manejo florestal madeireiro e não madeireiro, gestão comunitária, tecnologias sociais, saúde e qualidade de vida, turismo de base comunitária, mudanças climáticas, políticas públicas, tecnologias sociais dentre outros.   

  

Foto: Ayrton Lopes (Decon/Fapeam)

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